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TOP MÁQUINA

Eu faço Trail e sou uma Máquina. E isso é Top!

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Eu faço Trail e sou uma Máquina. E isso é Top!

Martim desperta o interesse da EDV-Viana Trail

por Pedro Caprichoso, em 27.10.16

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Depois de contratar o veterano Victor Cordeiro, a direcção da EDV-Viana Trail decidiu tomar o caminho oposto e apostar na juventude. Segundo a Polícia Judiciária, o pequeno Martim embrenhou-se no monte contiguo à casa dos avós, fez 2k com 100mD+ em 25h e o feito despertou o interesse da equipa vianense. Dada a vocação exibida pela criança para o Trail Running em tão tenra idade, um dirigente aurinegro deslocou-se imediatamente a Ourém, falou com os pais do catraio e acredita-se que o contrato já esteja a ser preparado pelos advogados do clube. Segundo uma fonte próxima da família, terão apenas de ser afinados alguns pormenores relativos à transferência do petiz no valor de 500 fraldas Dodot Sensitive T2. Uma vez divorciados e atribuída a guarda à mãe, os progenitores do Martim discordam sobre a percentagem do seu passe: o pai argumenta que é de 50 / 50; a mãe discorda e exige uma percentagem superior já que ficou com a sua guarda.

 

Em declarações ao JN Running, os dirigentes da EDV-Viana Trail acreditam que tal será resolvido o mais depressa possível de maneira a ainda poderem inscrever o pequeno em meia-dúzia de provas do Circuito UTWT—Ultra Trail Word Tour. Relembramos que as vagas para o MIUT já esgotaram, que a fase de pré-inscrição em Lavaredo já terminou e que a Transcrancanaria já vai na segunda fase de inscrições. O advogado aurinegro Paulo Vilaverde confirmou aos microfones da TSF Runners que o Martim vai assinar um contrato por objectivos quando este aprender a escrever o seu nome próprio. Auferirá 5 chupa-chupas sempre que entrar no Top10 em provas do Campeonato Nacional; receberá um bónus na forma de embalagens de Cerelac por cada vitória; e terá direito a uma box de DVDs d’O Bob—O Construtor se vencer o Campeonato Nacional de Trail Ultra Endurance na categoria M3.

A Hipocrisia da Crítica Gratuita

por Pedro Caprichoso, em 20.10.16

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O meu interesse não está em saber quem tem razão. As questões são mais complexas do que parecem, todos temos direito à nossa opinião e é sempre difícil—para não dizer impossível—agradar a Gregos e a Troianos. Temos, portanto, que saber viver com as opiniões dos outros. É a vida. Dito isto, o que verdadeiramente me interessa são as motivações e tácticas argumentativas usadas pelos intervenientes numa determinada discussão—e não é difícil decifrá-las. Basta ler nas entrelinhas. O lindo no meio disto tudo é que, não raras vezes, a forma como se argumenta diz mais sobre os intervenientes do que a substância do argumento em si mesmo. Daí que amiúde encontremos a hipocrisia de mão dada com a crítica gratuita. Vamos pegar no exemplo do anúncio dos Circuitos Nacionais para 2017.

 

Foram anunciados os Circuitos Nacionais para 2017, o céu fechou-se subitamente, a humidade relativa disparou, os animais recolheram aos seus abrigos, São Pedro abriu as comportas e uma chuvada de críticas antecipou o fim do Trail como o conhecemos. Não está em causa a validade das críticas. Com razão ou sem ela, o que está aqui em causa é a sua origem. Supor-se-ia que as críticas viessem das partes interessadas: dos responsáveis das Equipas, dos Organizadores cujas provas ficaram de fora dos Circuitos e, sobretudo, dos atletas que têm por hábito participar nos mesmos. Supor-se-ia que assim fosse, mas a realidade é outra. A verdade é que a generalidade das críticas tiveram origem no cérebro de atletas que raramente participam nos ditos Circuitos. Basta dar uma vista de olhos pelas redes sociais e perceber o nível de legitimidade desta gente. Quanto falo em «gente», falo em indivíduos que têm por hábito trocar a competitividade dos Circuitos por brilharetes em provas de aldeia.

 

As ameaças de abandono dos Circuitos chegam a ser ridículas quando vêm de gente que nunca neles participou de forma regular. Alguns admitem mesmo abandonar a modalidade. A ambos respondo o mesmo: já vão tarde. Pelos vistos, há gente que há 2 meses morria de amores pelo Trail e agora dizem adeus à modalidade. Uns vão dedicar-se ao IronMan; outros ao ciclismo de “fundo”; outros à musculação. A pergunta que fica é a seguinte: qual destas modalidades dá mais likes? Meus caros, eu falei com a modalidade e ela disse-me que não vos conhece de lado nenhum: “Não me apercebi que esses tipos me praticavam”, exclamou surpreendida a modalidade. No fundo, é mais do mesmo: é muita parra e pouca uva. Que é o mesmo que dizer: é muita garganta e pouca perna.

Rescaldo Dura Trail 2016

por Pedro Caprichoso, em 14.10.16

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Uns queixaram-se dos estradões, outros dos 6k a mais (59k) em relação ao anunciado (53k), outros da ausência de sandes de javali nos abastecimentos, outros do seu horóscopo, outros da humidade relativa, outros da conjuntura. Eu só me queixo de não me lembrar de desculpas tão boas para justificar os meus maus resultados. Esperem lá. Alto e pára o baile! Afinal tenho uma razão de queixa: queixo-me do facto da Organização do DUT—Dura Trail não ter tido os colhões necessários para desclassificar a equipa Satecnosol. Sim, colhões. Sim, desclassificar. Sim, Satecnosol. Passo a explicar: o Dura Trail contava com uma partida simbólica antes da qual era efectuado o controlo zero. Os atletas seguiam depois a ritmo “caminheiro” até um segundo pórtico localizado a 1,3k do primeiro, onde foi dada a partida oficial. Acontece que os atletas da Satecnosol estavam atrasados e não chegaram a tempo da partida simbólica. Estacionaram o carro e encaminharam-se directamente para o local da partida oficial. Ou seja, fizeram menos 1,3k do que os seus adversários.

 

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Eles pediram-me desculpa de joelhos, mas eu estou a marimbar-me para as desculpas. Dizem que não dormiram nada porque dois gatos andaram a noite toda à porrada à frente da Residencial onde a equipa ficou hospedada. Segundo eles, tal fê-los acordar tarde e chegar atrasados à partida. É mentira. Não eram gatos. A origem dos gemidos era outra. Fui ao local e li num cartaz que a Maria Leal havia nessa noite actuado no estabelecimento nocturno localizado nas traseiras da Residencial. A felina da Maria Leal é o bode, perdão, a cabra expiatória da primeira desculpa. A segunda é a “banheta”. Não sabem o que é uma banheta? Segundo o Bruno Coelho, “banheta” é uma punheta batida na banheira. Aparentemente, a banheta é uma técnica de aquecimento usada pela Satecnosol de maneira a começarem as provas mais “soltinhos”. Sei que não vou conseguir a sua desclassificação, mas não faz mal. Já me contento com a divulgação dos seus segredos. É assim que eu me vingo.

 

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O Mr. Olimpo está fortíssimo. Isto pode parecer publicidade gratuita às barras que patrocinam a EDV-Viana Trail, mas não é. Acreditem. Palavra de TopMáquina. Ele está mesmo fortíssimo. Não sei o que ele anda a meter nas barras, mas de certeza que as barras que ele come não são iguais às barras que ele vende. Mangustão? Cogumelo do tempo? Pau-de-cabinda? Calcitrin? Alguma coisa é. De outra forma não se percebe como é que eu, um atleta de tesão, só apanhei o Mr. Olimpo por volta do k25. Não confundir “tesão” com “eleição”. É certo que eu estava um bocadinho chamuscado do GTSA e o meu horóscopo apresentava-se desfavorável, mas nada justifica a ratada que ele me deu na primeira metade do DUT. O homem está a trepar melhor do que uma ninfomaníaca brasileira. Seja como for, foi coisa de pouca dura. Vi-o na peugada do Luís Malheiro (7.º no GTSA, 10.º nos Abutres, 9.º no Piodão) e pensei: deixa-o ir que ele vai levar com a marreta não tarda nada. Dito e feito. Foi um fogacho. Fogo-de-vista. Posto isto, a pergunta que se impõe é a seguinte: de que vale meter viagra nas barras se não se consegue satisfazer a ninfomaníaca brasileira? É uma questão que deixo à vossa consideração.

 

Vocês não são as únicas pessoas a acharem que eu sou um mestre na arte da estratégia de corrida. Eu acho o mesmo. Exemplo: na última contagem de montanha do dia, ali por volta do k40, tínhamos de subir e voltar a descer pelo mesmo trilho. Os atletas mais rápidos desciam e os mais lentos subiam, cruzando-se assim uns pelos outros. Tirando partido dessa situação, eu aproveitava para mentir aos adversários que seguiam na minha peugada de maneira a desmoralizá-los. Ao passar por eles, informava-os de que faltavam menos metros do que aqueles que faltavam na realidade. Se ainda faltassem 1.000m, dizia-lhes que só faltavam 500m. Se ainda faltassem 1.500m, dizia-lhe que só faltavam 600m. E assim sucessivamente. Tudo para desmoralizá-los. Aprendam que eu não Duro (Trail) para sempre.

 

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Aproveitámos a proximidade da meta ao rio Sado para molhar as pernas depois da prova. A água fria salgada faz milagres e o empeno quase que desapareceu por magia. Senti-me como novo. As pernas agradeceram o miminho, mas o nariz nem por isso. Tive o azar de me encostar aos elementos do Arrábida Trail Team e só via bolhas de ar a sair da água. Ar não: metano de javali. O que me valeu é que eu fumo e tinha um isqueiro no bolso dos calções. Houve quem achasse que a Secil—Outão estava a arder e chamou os bombeiros. A cimenteira não ardeu, mas os contentores estavam alagados e os soldados da paz podê-los-iam ter evacuado. Parece que houve quem cometeu o erro de almoçar antes de tomar banho. Meteram as pernas de molho no rio, almoçaram e só então tomaram banho. Digo isto porque nos chuveiros das casas-de-banho portáteis só se via (e cheirava) massada de peixe vomitada.

 

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Minutos antes de abandonar a fofinha cidade de Setúbal, tomei conhecimento de que a equipa Satecnosol e a equipa Dr.Merino/Nutrifit haviam combinado passar a noite na capital do rodízio-de-peixe de maneira a juntos comemorarem o pódio por equipas que ambas lograram no DUT. Os Sonasóis ficaram em 1.º e os Merinos em 3.º. Segundo testemunhas no local, a celebração incluiu música, jogatana (strip-poker) e churrasco regado com bebidas altamente alcoolizantes. Diga outra vez? Alccolizantes. Pouca-vergonha! É o que é. É vergonhoso que duas das melhores equipas do Trail Nacional se comportem desta maneira. Fazerem uma festa às escondidas e não convidarem os actuais Campeões em título é inqualificável. A ATRP tem de meter a mão nisto… e depressa. É este o exemplo que queremos dar aos nossos jovens? Sabe Deus o que o Romeu Gouveia fará com exemplos destes.

 

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