Quintas-Feiras Mansas à Hora do Bagacinho na Cova da Moura
Já não se morre. Agora falece-se. Já não há velhos. Agora há idosos. Já não se despede. Agora reorganiza-se. Já não há treinos. Agora há free runs. Mas não são umas free runs quaisquer. Estas exibem letreiros bem sugestivos: “Quintas-feiras bravas”, “Hora do Bagacinho”, “Quartas-feiras Mansas”, “Cova da Moura a Correr” e “Curral de Moinas Night Runners” são algumas das free runs mais conhecidas e concorridas do país.
A loucura é tal, que há quem suborne os organizadores para terem o privilégio de participarem nestes eventos. Melhor dito: para esfregarem na cara dos outros que participam nestes eventos. Tomem como exemplo este atleta anónimo que, segundo apurou o TopMáquina, comprou o Doutor Merino com duas sandes de presunto e um compal cenoura abacaxi (dos mais espessos) com vista a participar numa das recentes edições das “Quintas-Feiras Bravas”.
Não me interpretem mal. Nada tenho contra o facto das pessoas darem nomes ‘abichanados’ às suas free runs . Com o ‘abichanamento’ posso eu bem. O problema é que se trata de publicidade enganosa. Dois exemplos: por quê “Hora do Bagacinho” se não há bagacinho? E por quê “Quintas-Feiras Bravas” se os participantes mais parecem terem saído do elenco das 'Mares-Vivas'? Homens de peito depilado a fazerem praia não me parece uma actividade lá muito brava. Bravas em quê?
Duas galinhas poedeiras em troca da minha participação na próxima edição das Quintas-Feiras? O que me dizes, David Hasselhoff, perdão, Eduardo Merino?