Rescaldo do Poiares Trail 2015
O Poiares Trail tinha tudo para correr mal: a organização não me inspirava grande confiança, estava um calor de rachar e tinha enfardado meio quilo de cerejas ‘de beira-de-estrada’ na véspera da prova – o que fez com que tivesse de parar 5 vezes durante a viagem para “arrear o calhau”. Surpreendentemente, foi um evento 6 estrelas!
A organização do Poiares Trail convidou 2 Padrinhos: um homem (Jorge Martins) e uma mulher (Carmen Pires). Se os tipos do Viana Trail tivessem atendido os meus pedidos, também eu teria tido uma Madrinha na Taça Ibérica de Trail. Mas não: decidiram antes deixar-me sozinho e gastar o dinheiro todo em fitas, brindes e abastecimentos. Viana-Trail, ponham os olhos no Poiares Trail!
Embora o nosso enviado especial à capital da chanfana tenha subido ao pódio enquanto 3.º classificado do escalão SM, este mostrou-se extremamente desagradado com o troféu que lhe foi atribuído. Os troféus do Poiares Trail 2015 têm a forma de um animal com o focinho de bode (pois tem barbicha) e corpo de cabra (pois tem tetas). Ou seja, trata-se de um caprino transexual – e nós aqui no TopMáquina não gostamos dessas modernices. Ou bem que era uma cabra; ou bem que era um bode. Assim não.
No escalão feminino, Patrícia Carreira apresentou, em exclusivo mundial, uma nova técnica de descida intitulada "O Cristo-Rei". Em declarações no final da prova, a vencedora do Poiares Trail admitiu que esta técnica tem vindo a ser desenvolvida em segredo com o seu treinador André Rodrigues – um dos maiores especialistas mundiais a descer.
Pedro Rodrigues, o outro pupilo de André Rodrigues, correu com uma unha a cair de podre – danos colaterais do UTSM, que o atleta da Lousã terminou num brilhante 6.º lugar. Em conversa telefónica com o atleta, este confirmou à redacção do TopMáquina que a unha foi-lhe arrancada hoje de manhã, a sangue-frio, por um ferreiro da zona. Em baixo podem ver a reacção de nojo do público de Portalegre ao verem a unha do Pedro:
Não sendo uma novidade no universo do Trail Nacional, não podemos deixar de fazer referência aos cartazes colocados ao longo da prova. Alguns serviam de motivação, outros para induzir a gargalhada e, um em particular, para gozar com a cara do fundador deste blog.
Segundo reza a história, Luís Semedo, o vencedor da prova principal do Poiares Trail, apanhou uma piela de proporções bíblicas na noite anterior à prova. Tal significa que a organização falhou redondamente por não tê-lo submetido a um teste anti-doping – de maneira a medir o teor de cevada no sangue com que este se apresentou à partida. Relembramos que, na semana passada, a Agência Portuguesa de Anti-Dopagem adicionou a cevada à lista de substâncias dopantes. Eis o Luís a recuperar da ressaca (da prova):
Por fim, quanto aos meios de socorro, nada a apontar. Não faltaram bombeiros e pessoal da organização nas partes mais perigosas do percurso, incluindo nadadores salvadores (na passagem por linhas de água) com o equipamento de salvamento adequado para o efeito.