12 Coisas que detesto no Trail Running
1.
Encontrar uma secção de trilho totalmente alagada, fazer um desvio de maneira a contornar a água e, mesmo assim, molhar os pés.
2.
Dar de focinhos com uma poça de água, contorná-la com todo o cuidado para não molhar os pés e depois o nosso companheiro de treino desatar a chapinhar na água, encharcando-me dos pés à cabeça. Isto é o prato do dia nas 5F Bravas.
3.
Gajas feias que inundam a minha caixa de correio com pedidos de envio de roupa interior autografada. Já só tenho 2 pares de cuecas.
4.
Gente que faz provas de estrada com mochilas de hidratação. Dão mau nome ao Trail.
5.
Sair para um treino de 4h e a meio aperceber-me que me esqueci de passar creme antifricção nas virilhas. Dica: passar água na zona afectada só agrava a situação.
6.
Começar a chover assim que começamos o treino e parar de chover assim que chegamos a casa.
7.
Apanhar uma gaja de rabo-de-cavalo a correr à nossa frente, aumentar o ritmo para apanhá-la e, ao ultrapassá-la, aperceber-me de que é um homem.
8.
Ter de aliviar a tripa num descampado em dia de ventania invernal. Aquele frio entra por ali adentro e erriça os pêlos do rabo. Além disso, o cocó larga vapor—o que é particularmente nojento. Prefiro que o meu cocó não largue vapor. Acho mais higiénico.
9.
Esquecer um par sapatilhas molhadas na mala do carro e, no dia seguinte, abrir o carro com a sensação de que morreu um animal dentro da viatura.
10.
Treinar em grupo, esperar nas subidas por aquele nosso amigo badochas e este depois disparar nas descidas, deixando-me para trás. Como os treinos no monte acabam geralmente em descida, é depois vê-lo achando-se o maior. Atenção: isto não é dirigido ao José Carlos Alcobia.
11.
Nas partidas ter de ultrapassar em gincana os dois tipos de gente que fazem de tudo (incluindo cotoveladas) para partir à frente das provas: (1) os velhos que ainda pensam que são novos e (2) os atletas de ginásio artilhados com tecnologia de ponta dos dedos dos pés à ponta dos cabelos.
12.
Páginas de atleta de atletas amadores. Eu também faço um bacalhau à brás de ‘comer e chorar por mais’ e não é por isso que tenho uma página de chef no facebook.