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TOP MÁQUINA

Eu faço Trail e sou uma Máquina. E isso é Top!

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Eu faço Trail e sou uma Máquina. E isso é Top!

Antevisão do UTNLO

por Pedro Caprichoso, em 30.07.15

Aqui fica a minha brilhante crónica do UTNLO 2014 [52km, 1200m D+, 25.000.000.000.000 m3 de Areia] para que os estreantes tenham consciência do que os espera em Óbidos:

 

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21h00. Partida! Loucura. 4:00/km? Subida. Descida. Trambolhão. Fractura? Não. Siga. Areia. Pinhal. Escuridão. Mar. Escarpas. Dunas. Gambozinos. Palete? Lagoa. Xixizinho. Dobragens. Canavial. Anaconda? Subida. Escadas. Descida. Cordas. Fossa. Subida. Escada. Castelo. Meta! 02h15. Sopinha. Melancia. Coca-cola. Banana. Isotónico. Isobárico. Isotérmico. Pés? Destruídos. Descalçar. Areia. Limpar. Lavar. Enxaguar. 03h00. Carro. Auto-estrada. Água. PowerBar. Água. PowerBar. Água. PowerBar. Água. 5:00 AM. Casa. Banho. Areia. Halibut. Cama. Dormir. 11:00 AM. Acordar. Areia?

ALERTA À POPULAÇÃO

por Pedro Caprichoso, em 29.07.15

A ATRP emitiu um mandato de captura às três delinquentes que, no passado fim-de-semana, andaram a destruir painéis informativos na Serra da Lousã. Pede-se a todas as pessoas que tenham informações sobre este acto de vandalismo para entrarem imediatamente em contacto com a ATRP. Não se deixem enganar pela sua beleza: as três bandidas encontram-se a monte e são extremamente perigosas. A recompensa por informações válidas foi fixada em €100.000. Por favor partilhem esta mensagem.

 

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Ensaio sobre o Minimalismo

por Pedro Caprichoso, em 28.07.15

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A epidemia das lesões começou em finais dos anos 70, inícios dos anos 80, com a invenção do actual calçado de corrida: pesado, cheio de amortecimento e com um desnível acentuado entre o calcanhar e os dedos (doravante designado por drop).

 

A indústria do calçado é movida pela novidade – com o lançamento de 2 colecções por ano – e a novidade em finais dos anos 70 passou pela introdução da ideia peregrina de que correr não é natural e provoca lesões – e que a solução passaria por usar calçado corrector. O calçado corrector propunha corrigir a passada (através da introdução de inúmeros sistemas que restringem os movimentos naturais do pé) e proteger o pé do impacto ao nível do calcanhar (através da introdução de uma sola desnivelada e cheia de amortecimento). Pelo que o calçado aumentou de peso em igual medida.

 

Até se inventaram termos como “supinador” e “pronador”. Tais fenómenos não existem. São sobrenaturais, mitologicos e, em certo sentido, escatológicos. Não existem no sentido em que as pessoas não são naturalmente pronadoras ou supinadoras. A supinação e a pronação são resultado, justamente, da utilização de calçado muito pesado e com muito amortecimento (i.e. de calçado que restringe o movimento natural do pé). Ou vocês acham, mesmo, que o membro de uma tribo do Amazonas, que sempre correu descalço, sofre de supinação ou pronação? É justamente o calçado que provoca a supinação e a pronação. Neste caso, meus amigos, a cura é a doença.

 

O pé humano evoluiu descalço ao longo de milhares de anos – e é um erro crasso restringir os seus movimentos.

 

  • O pé descalço não inicia os apoios pelo calcanhar, mas pela zona do metatarso – a mesma zona onde os ciclistas encaixam nos pedais. Já agora, imaginem a tortura que seria pedalar com os calcanhares.
  • O pé descalço não precisa de amortecimento. O amortecimento é providenciado pelos tendões e meniscos. É para isso que eles servem.
  • O pé descalço não precisa de amortecimento, mas de protecção. São coisas diferentes.

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O ténis clássico de corrida é minimalista. Olhem para os ténis com que a Rosa Mota ganhou os Jogos Olímpicos e confirmem. Acontece que a indústria modificou o ténis clássico (aumentando o seu peso, amortecimento e drop) com o argumento de que tal minimizaria o risco de lesão – quando as lesões, na realidade, ocorrem justamente em resultado da utilização desse tipo de tamancos. No fundo, é o mesmo que dizerem a um obeso que a solução para o seu problema é comer mais.

 

O CALÇADO IDEAL

 

O melhor calçado é aquele que deixa o pé trabalhar da forma o mais natural possível (i.e. o mais próximo do correr descalço) ao mesmo tempo que o protege do terreno. Posto isto, são 4 as características que definem um bom par de sapatilhas: leveza, flexibilidade, drop reduzido e protecção suficiente.

 

O livro “Born to Run” diz-nos que o ser humano é feito para correr. Sim, é feito para correr, mas para correr em terreno plano. Os nossos antepassados caçaram durante milhares de anos correndo descalços na savana, pelo que os nossos membros inferiores adaptaram-se à corrida em plano. Alguns ajustes têm por isso de ser feitos no que diz respeito ao Trail.

 

Em estrada e terreno plano, o ideal é correr com ténis o mais minimalistas possível – extremamente leves e, se possível, zero drop – pois isso é o mais próximo do correr descalço. No Trail, porém, devido ao desnível e piso irregular, faz todo o sentido correr com mais protecção e algum drop. Algum mas não muito: o ideal, no meu caso, é entre 3 – 6mm. Os meus ténis de eleição, neste momento, são os Inov-8 212 X-Talon: 212gr e 6mm de drop. De referir que a maioria dos ténis actuais têm mais do que 10mm de drop – o que, para mim, neste momento, é o equivalente a andar de altos altos.

 

A necessidade de maior protecção no Trail parece-me evidente. Quanto ao drop, este é vantajoso sobretudo nas subidas. Zero drop obriga a um maior esforço muscular, nomeadamente ao nível dos gémeos e tendão de Aquiles. O calcanhar encontra-se numa posição mais elevada com 6mm de drop do que com zero drop, pelo que o esforço em subida é menor. No fundo, é como se o terreno fosse menos inclinado quando corremos com ténis com mais drop. O problema é que o aumento de drop implica aumento de peso e isso restringe o movimento natural do pé, sendo necessário encontrar o equilíbrio que mais nos convém. Por isso é que nem mesmo o Krupicka usa ténis zero drop – os que ele usa actualmente têm 4mm – e o Kilian tem vindo a "forçar" a Salomon a fazer ténis cada vez mais minimalistas. Os ténis que o Kilian usa são neutros, muito leves e com apenas 4mm de drop.

 

Independentemente da marca, os predicados de um bom par de ténis são:

 

  • Flexibilidade: a sola deve ser de borracha e não pode ter nenhum tipo de sistema de controlo na sola. Tem de ser flexível o suficiente de maneira a que a sua ponta toque no calcanhar;
  • Baixo perfil: no meu caso, tudo para cima de 6 mm é como correr de saltos altos;
  • Leveza: o calçado deve ser o mais leve possível;
  • Protecção suficiente: apenas o suficiente para proteger o pé do terreno.

 

TRANSIÇÃO PARA CALÇADO MINIMALISTA

 

A passada muda naturalmente quando corremos descalços porque o corpo tende a proteger-se do choque (e da dor). Isto observa-se facilmente quando uma pessoa tenta iniciar os apoios pelo calcanhar correndo descalço: o corpo ajusta-se automaticamente de maneira a corrigir a passada: endireita-se, a amplitude da passada diminui, a sua frequência aumenta e os apoios passam a iniciar-se pelo metatarso (por oposição ao calcanhar).

 

A transição para calçado minimalista pressupõe um período de adaptação para permitir que os músculos se adaptem ao esforço (suplementar) que lhes é exigido. Correr descalço “puxa” mais pelos músculos, já que estes encontram-se “atrofiados” devido à utilização de calçado que restringe os movimentos naturais do pé. O mesmo acontece quando não fazemos abdominais há algum tempo e, depois, quando voltamos a fazê-los, ficamos todos empenados. Por isso se nota um aumento significativo da massa muscular quando se começa a correr com ténis minimalistas: os músculos deixam de estar “atrofiados”, libertam-se e desenvolvem-se.

 

A diferença (entre correr descalço e com ténis minimalistas) é que com ténis minimalistas a passada não muda do dia para a noite. Isto observa-se em atletas de estrada –que treinam durante a semana com ténis normais e, depois, nas provas, usam ténis de competição minimalistas – uma vez que a "má" passada persiste nas provas. Nas provas, os atletas encaram a dor como algo natural e resistem à tendência do corpo para se proteger – o que passa pela redução da amplitude da passada para evitar que os apoios se iniciem pelo calcanhar.

 

Pior do que correr mal com ténis “normais”, é correr mal com ténis minimalistas. A transição tem por isso de ser gradual de maneira a diminuir o risco da ocorrência de lesões. Uma vez que os ténis “normais” têm 10 mm ou mais de drop, o mais sensato é começar a transição com uns ténis com 5-6 mm de desnível (exemplo: Asics Fuji-Racer) e depois evoluir, gradualmente, até ao zero drop ou perto disso.

 

No entanto, se não for possível fazer a transição de forma gradual – já que isso implica, por exemplo, a compra de muitos pares de ténis –, recomendo que os primeiros treinos sejam lentos e realizados em terreno plano.

 

  • De forma lenta porque com ténis minimalistas há a tendência de correr mais depressa dada a leveza dos mesmos – e é muito difícil resistir a essa tentação;
  • Em terreno plano porque correr em terreno acidentado vai obrigar os músculos (sobretudo o tendão de Aquiles e os gémeos) a um esforço a que não estão habituados – e, no dia seguinte, as dores vão ser para cima de muitas.

 

Quanto ao resto, o mais importante é mesmo ouvir o nosso corpo e resistir à tentação de querer fazer as coisas muito depressa. O vosso corpo vai “falar” convosco: é perfeitamente natural sentir algumas dores no início, sobretudo ao nível do Aquiles e dos gémeos – e, nesse caso, há que descansar e recuperar antes de voltar aos treinos. Treinar dorido nunca é boa ideia.

I am Ultra

por Pedro Caprichoso, em 27.07.15

«Um ateu, um vegan e um ultramaratonista entram num bar. Como é que sabemos que eles entraram no bar? Porque fizeram questão de dizê-lo a toda a gente.»

 

Li esta anedota no outro dia e escangalhei-me a rir. Importa referir que, para além de Ultra, também sou ateu e simpatizante da causa vegan. Carne, comigo, só ao fim-de-semana. Durante a semana de trabalho faço voto de castidade.

 

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Os Ultras adoram dizer a toda a gente que são Ultras, como se o simples facto de serem Ultras fosse um feito de outro mundo. Tu corres? Que bom para ti. Parabéns. A verdade verdadinha é que qualquer um, com o mínimo de preparação, consegue fazer uma Ultra. Tudo depende do ritmo.

 

Um Ultra não tem mais mérito do que um corredor de 10km só porque é Ultra. Há gente que corre depressa e há gente que corre devagar – esta é a única diferença. Para mim tem mais mérito um atleta que faça 10km em 35min do que um Ultra que faça, por exemplo, o próximo UTNLO em 8horas. O problema está em partir do princípio de que um Ultra tem mais mérito porque sofre mais. É falso. Um Ultra até pode sofrer mais nas provas, mas não sofre mais no treino. Quem pensa que o treino específico das distâncias clássicas (5.000, 10.000, Meia-Maratonas e Maratonas) é pêra-doce, é porque nunca o fez.

 

Verdade seja dita: os Ultras são arrogantes. A arrogância é consequência da corrida de longa distância devido à falta de cultura desportiva do nosso país. Os Portugueses só percebem de Futebol – e mal. O Zé—Povinho fica impressionado quando alguém lhe diz que fez uma Maratona – e os Ultras aproveitam-se disso para se motivarem. Os Ultras alimentam-se da admiração dos outros. Sabemos que fazer uma Maratona não é nada de especial, mas os louvores que recebemos não são piores por isso. À superfície somos humildes, mas no fundo somos cagões. Vivemos para os aplausos.

 

Quando estiverem a falar com um Ultra de pelotão, repararem na tendência que ele tem para desviar qualquer assunto no sentido da corrida – essa é, aliás, a principal função deste pardieiro. Pode ser de forma muito discreta, mas o assunto vai parar invariavelmente ao treino, às lesões, àquela prova ou àquele par de ténis novos que…

Glossário do Trail Running

por Pedro Caprichoso, em 23.07.15

Dada a importância da comunicação no mundo actual, os novatos no mundo do Trail Running podem encontrar em baixo a tradução de algumas das expressões mais utilizadas no âmbito do nosso desporto. O TopMáquina faz serviço púbico (sic).

 

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«És uma máquina»

Tradução: És melhor do que eu.

 

«Sou finisher»

Tradução: Cheguei ao fim com o dobro do tempo do vencedor.

 

«Estou todo empenado»

Tradução: Não consigo pôr-me de cócoras e cagar à caçador. Para além disso, tenho dores das unhas dos pés à ponta dos cabelos.

 

«Estou todo assado»

Tradução: Tenho o rêgo do cu em ferida, as virilhas em carne viva e os tomatinhos chamuscados.

 

«Levei com a marreta»

Tradução: Estava a sentir-me nas nuvens e, de repente, perdi todas as minhas forças. Fui do céu ao inferno num estalar de dedos. Transformei-me num zombie.

 

«Vou fazer a prova em ritmo de treino»

Tradução: Não tenho pernas para fazer um bom resultado, por isso finjo que vou fazer um treino rápido.

 

«Tive problemas ao nível do aparelho gastrointestinal»

Tradução: Caguei-me todo!

 

«Não gosto de provas muito técnicas»

Tradução: Tenho medo de cair nas descidas e rachar os cornos contra um eucalipto.

 

«Não gosto de inventar desculpas, mas…»

Tradução: Sou um génio na arte de inventar desculpas.

 

«Faço provas só para me divertir.»

Tradução: Não tenho pernas para lutar por uma boa classificação.

 

«Para mim os resultados não contam.»

Tradução: Não tenho pernas para lutar por uma boa classificação.

 

«Obrigado a todos os que me apoiam.»

Tradução: Obrigado, docinho, por tomares conta da Tânia Vanessa enquanto eu vou correr; e por teres o jantar pronto quando eu chego do treino.

 

«Never give up!»

Tradução: Eu nunca desisto… a não ser que me aconteça algo que me impeça de acabar a prova.

 

«Não tenho treinado nada.»

Tradução: Tenho treinado mas não tenho pernas para lutar por uma boa classificação.

 

«Treino no limite, tenho cuidado com a alimentação e levo o descanso muito a sério.»

Tradução: Corro quando me apetece, como batatas fritas de pacote e adormeço no sofá enquanto a minha mulher vê a Anatomia de Grey.

 

«Doem-me as mamas a correr.»

Tradução: O período não é uma doença, mas é uma excelente desculpa para não treinar.

 

«Estou sem motivação para treinar.»

Tradução: Corro porque está na moda e não tenho paixão pela corrida. Se tivesse paixão, não precisava de motivação.

Vendo o meu rabinho por 2 tostões

por Pedro Caprichoso, em 22.07.15

O pretensos donos da moralidade e dos bons costumes do Trail Nacional precisam de ouvir o seguinte: não nos podemos queixar que o Trail Running não tem apoios e depois dizer que os atletas são uns vendidos por se associarem às marcas. Podemos criticar os atletas por promoverem produtos em que não acreditam, mas não podemos criticá-los por aceitarem os apoios de que tanto necessitam.

 

Posto isto, venho por este meio pôr o meu rabinho à venda por 2 tostões. No entanto, ao contrário dos outros, não são as marcas que vêm ter comigo. Sou eu que vou ter com as marcas. Nesse sentido, são estas as marcas a quem eu darei a honra de me patrocinarem na próxima época desportiva.

 

EQUIPAMENTO: INOV-8

 

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Peço desculpa à Adipas, mas vou trocar de patrocinador. Não há nada melhor do que INOV-8. Eu era um autêntico nabo a descer: mais lento que o Telmo Veloso, como se tal fosse possível. Mas as inov-8 agarram a tudo e dão-me uma confiança incrível nas descidas, ao ponto de conseguir acompanhar o Pedro Marques. Estou rendido. Percebo que sejam caras e possam não ser as mais indicadas para o pessoal mais pesado, mas para pessoal mais leve e de passada forefoot são o ideal.

 

DESLOCAÇÕES / ALOJAMENTO: Marchi Mobile

 

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A eleMMent Palazzo, construída pela empresa austríaca Marchi Mobile, é a autocaravana mais luxuosa e mais cara do mundo: 2,17 milhões de euros. Tem 12 metros de comprimento, pesa cerca de 20 toneladas e, fruto de uma aerodinâmica apurada, é capaz de atingir 155 kms/h. Tem um terraço elevatório, o chão é aquecido, possui bar e uma suite com um plasma de 102 cms, com casa-de-banho privativa.

 

FISIOTERAPIA / MASSAGENS: MASSASNAKE

 

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O Eduardo Merino e o Pedro Bizarro são bons fisioterapeutas? São. Mas não chegam aos calcanhares das anacondas da minha amiga Li Lang.

  

NUTRIÇÃO: SOPA DA MAMÃ

 

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Dado o meu reconhecido gosto pelo chupanço, ainda fui abordado pela Chupa-Chups. No entanto, vou manter-me fiel à Sopa da Mamã. De outra forma, corria o risco de ser deserdado.

 

MOTIVAÇÃO: KILLIMANJARO

 

 

Enquanto adepto de roqueandrolle, os Killimanjaro têm a minha bênção para tocarem para mim, ao vivo, em todos os abastecimentos. As malhas da banda de Barcelos exercem sobre mim o efeito equivalente a 5 comprimidos de libidium fast empurrados por 5 redbulls de penalti.

O Segredo do TOPMÁQUINA

por Pedro Caprichoso, em 20.07.15

Todos sabemos a importância do cross-training no Trail Running. O Trail Running é um desporto bué impactante a nível muscular, articular e genital – e a prática de outras modalidades minimiza essa moléstia. Uns fazem ciclismo. Outros fazem ginásio. Outros fazem natação. Outros dão porrada nos filhos. Outros levam porrada dos filhos. Outros fazem sexo tântrico com a patroa. Eu jogo basquetebol.

 

 

Pode não parecer à primeira vista, mas o Basquetebol é o complemento perfeito ao Trail Running. São 3 as razões que me levaram a introduzir o Basquetebol no meu plano de treinos. A saber:

 

I

Os exercícios com bola são ideias para simular as mudanças de direcção tão características do Trail Running. Aprimoramos a nossa capacidade motora para melhor contornar obstáculos, tais como calhaus, pinheiros e aquela nhaca esverdeada que encontramos nas pedras à passagem dos cursos de água. Dizem que é musgo. Para mim é ranheta de peixe.

 

II

Os dribles, fintas e simulações do Basquetebol servem de treino para colocar os nossos adversários em apuros.

 

Exemplo 1: nos single-tracks, quando me deparo com um morcão que se recusa a ceder-me a passagem, simulo que vou pela direita e ultrapasso-o pela esquerda. Se for bem feito, dá tempo para aplicar-lhe um valente ‘calduço’ no cachaço. É para aprenderem.

 

Exemplo 2: quando sinto que estou a ser perseguido e os meus adversários já vêm na mama há muito tempo, escolho um obstáculo, vou direito a ele, desvio-me no último instante, os “anjinhos” saem do trilho, despistam-se e ficam fora de combate. Esta artimanha tem especial piada quando se trata de um buraco. Olho para trás e vejo-os mergulharem de cabeça. Parece um desenho animado.

 

Pequeno aparte: nunca percebi essa coisa de avisar os atletas que nos perseguem dos obstáculos que se aproximam. Para quê? Em que é que isso vos beneficia? Eu nunca aviso. Quer dizer, aviso mas é só para induzi-los em erro. Do tipo: digo “cuidado com a cabeça” quando estamos a ir direitos a um buraco; e digo “cuidado com o buraco” quando estamos a passar por uma zona de ramos baixos. Olho para trás e vejo-os levarem com os ramos na tola. Escangalho-me a rir só de pensar nisso.

 

 

III

 

O facto de saber encestar não é muito relevante no Trail Running. No entanto, dá sempre jeito quando um gajo se esquece de deixar o lixo nos abastecimentos e, à passagem por um carro com as janelas abertas, lançamos uma embalagem vazia de gel da linha dos 3 pontos. Não pensem que eu sou um badalhoco sem escrúpulos. Eu só faço isto com os carros mal-estacionados.

Trail de Praia

por Pedro Caprichoso, em 20.07.15

Na ressaca das recentes conquistas do David Quelhas (3.º no Eiger Ultra Trail) e do Jérôme Rodrigues (2.º no Ehunmilak), é ruidoso o silêncio que a Comunicação Social tem dedicado ao Trail Nacional. Hoje as Televisões e os Jornais vomitam Futebol de Praia. Futebol de Praia? Que merda interessa o Futebol de Praia? A sério: os “brinca-na-areia” passaram a ser os heróis nacionais? É isso? Façam-me o favor! Para terem noção do nível competitivo do Futebol de Praia, basta dizer que vencemos a final do Campeonato do Mundo contra uma marca de Shampoo.

 

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No entanto, como diz o povo: se não os consegues vencer, junta-te a eles. Nesse sentido, para que o Trail ganhe mais prestigio junto da comunicação social, proponho que os nossos melhores atletas criem uma equipa de Futebol de Praia. Este é o meu Dream Team:

 

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Rui, peço desculpa, mas sabes como é: o mais "gordinho" vai sempre à baliza.

É correcto usar a t-shirt de uma prova em que se desistiu?

por Pedro Caprichoso, em 14.07.15

Há uma dúvida existencial que atormenta os Trail Runners. Não estou a falar da prática do truca-truca na véspera das provas. Quanto a isso podem ficar descansados: o truca-truca não prejudica a performance desportiva. Aliás, os meus melhores desempenhos desportivos ocorreram depois de uma noite de paixão com o meu companheiro moçambicano. Mas é outra a interrogação que aqui me traz.

 

«É correcto usar a t-shirt de uma prova em que se desistiu?» é uma das perguntas que mais me fazem via email. Outra é se sou casado. Já agora, aproveito o altifalante do TopMáquina para anunciar publicamente o seguinte: celebrei com o meu Eusébio, no passado dia 7, um contrato de matrimónio em regime de separação de bens. No entanto, eu e o meu Eusébio temos uma relação aberta, pelo que há sempre espaço para mais um, ou dois, ou três… Lá estou eu a dispersar-me novamente.

 

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Pegando o fio à meada, a resposta é não. É evidente que não é correcto usar a t-shirt de uma prova em que se desistiu. Quando muito, só é apropriado envergá-la depois de voltar à prova no ano seguinte e terminá-la dentro do tempo limite. Ou seja, tem de haver um período de nojo de pelo menos 1 ano. Acontece que eu estou-me nas tintas para o que é correcto – e é com muito orgulho que envergo as t-shirts do UTSM, embora não tenha ainda logrado terminar nenhuma edição da prova alentejana. Gosto especialmente da t-shirt de 2014, ano em que morri na praia, desidratado, ao km 90: tamanho XXS, cor-de-rosa, justinha, curtinha, deixando antever o umbigo depilado à frente e a tatuagem atrás. Já vos disse que tenho o nome do meu Eusébio tatuado no fundo das minhas costas? Tatuei-a 2 centímetros acima do início do rego do meu cu. É linda.

 

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Mas há um senão: parece que usar a t-shirt de uma prova em que se desistiu dá azar. Até há quem diga que se trata da “maldição da t-shirt”. Se não acreditam, perguntem ao Pedro Rodrigues. O Pedro também não acreditava até ao dia em que teve o azar de pisar uma garrafa de vidro enquanto treinava com uma t-shirt do Ultra-Trail do Piodão 2014. A garrafa de Compal Manga Laranja estava partida, espetou-se-lhe no pé e ele agora vai ter de ir à faca. Até eu já sofri um acidente enquanto envergava uma t-shirt do UTSM: escorreguei para trás a descer, caí com o rabo em cima de um eucalipto bebé e esbandalhei o meu rabinho todo. Pensando bem, esse acidente até nem foi mau de todo.

GIGI EM DESTAQUE NO EHUNMILAK

por Pedro Caprichoso, em 13.07.15

Uma vez que a comunicação social está a marimbar-se para os feitos do Trail Nacional, o TopMáquina vem por este meio dar destaque a quem merece ser destacado. Ao contrário de outros, o TopMáquina é um meio de comunicação independente, que recusa baixar as calças ao capitalismo das marcas.

 

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Jérôme Rodrigues (Gigi para os amigos) alcançou um extraordinário 2.º lugar no Ehunmilak – e só não ganhou porque não usa muletas e teve cãibras na última descida. Apesar do feito, nem uma frase sobre a performance do atleta Barcelense na imprensa especializada. Ao que parece, as capas dos 4 jornais desportivos nacionais estão mais interessadas na nova namorada do Vitorino Coragem, no primeiro linguado em público do Kilian e da Emelie, no terceiro controlo anti-doping positivo da Analice e na possível transferência do Anton Krupicka para a Hoka One One.

 

Verdade seja dita: parte é culpa do próprio Jérôme. O tipo é um grande atleta, mas nunca o vemos a gabar-se no facebook. Atleta que é atleta, tem de gabar-se no facebook. Onde estão as selfies no topo dos montes, as fotos dos troféus, as sapatilhas enlameadas, as desculpas esfarrapadas, a publicação diária dos quilómetros percorridos, o relógio com o tempo de corrida e a t-shirt de «finisher»? Onde, Jérôme? O tipo nem o relato das provas faz. Assim é difícil.

 

Jérôme, tenho uma palavra para ti: cagão. Tens de ser mais cagão. Anda pr'aí gente que vende o cu por 2 tostões, mas o Jérôme não. Acha-se especial. Acha-se melhor do que os outros. Não vejo outra explicação. O Ricardo Silva é farinha do mesmo saco. Mas esse, ao menos, partilha música de inegável bom-gosto nas redes sociais. Valha-nos isso.

 

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Para além dos 3 estarolas (Ricardo Silva, Rui Seixo e Gabriel Meira) que ganharam por equipas, não esquecer a excelente prestação do Paulo Freitas. O Paulo é um tipo pesado de passada lenta, mas corre que se farta. É o chamado falso lento. Ou seja, é uma espécie de Pedro Barbosa do Trail Nacional. Para além disso, o nosso enviado especial correu com ele no Sicó e tudo indica que “O Paulo tem um rabo muito jeitoso.”

 

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7 Perguntas Top para a Máquina Rui Pinho

por Pedro Caprichoso, em 03.07.15

É uma espécie de cancioneiro da corrida

Ele não faz relatos; ele escreve com o coração 

É o atleta barra poeta dos trilhos desta vida

E, pelo que dizem, vai fazendo das tripas motivação

 

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  1. Por que é que as pessoas apertam o comando da televisão com mais força quando a pilha está fraca?

    Se apertares com força esguicha sempre uma réstia de energia. É uma teoria comprovada pelos alentejanos, que dizem que “por muito que um homem sacuda, a última pinga é sempre para as cuecas”.

  

  1. Para quando um livro de auto-ajuda dirigido ao Zé-Povinho—Atleta intitulado “Das Tripas Motivação”?

    Talvez nunca. Iria ser transformado em papel para limpar alívio de tripa. Se bem que um aperto da tripa é sempre uma excelente motivação para correr rápido. Ou só para correr, já que não conheço nenhum corredor com prisão de ventre. Conheces?

 

  1. [Pergunta retórica:] Na tua opinião, qual é o melhor blog humorístico do Trail Nacional?

    O teu tem piada, mas acho ainda mais piada àqueles que publicam estudos sobre atletas que fazem 15 km por semana. Ou aos dos atletas que têm página de atleta e que andam sempre com fasceítes ou canelites.

 

  1. No ano passado, nos Açores, na viagem de autocarro entre o Aeroporto e o Hotel, lembro-me de teres pedido o número de telefone da Bárbara Baldaia. Já o conseguiste?

    Estás enganado, não pedi. A guia da agência de viagens é que o repetiu até à exaustão. Ora como eu estava ainda afectado pela altitude, e sofrendo danos irreparáveis na areia da cabeça devido à intensa humidade característica dos Açores, decorei-o. Eu e meio autocarro, já que a guia continuou a repeti-lo.

  

  1. Escreveste recentemente no Facebook que “o Facebook não é a vida real” – e esta frase não me tem deixado dormir. É que se “o Facebook não é a vida real” e tal foi escrito no Facebook, o que devemos concluir? Que o Facebook é a vida real? Estou a dar em doido. Concretiza, por favor!

    Fácil. O Facebook não é a vida real. É apenas um guião para a vida real.

 

  1. O que te parece a ideia de no Trail substituírem os escalões etários por escalões de peso?

    Parece-me bem. Já teria ganho algumas provas. Tu e o Capela é que estão lixados, vão perder sempre para o André Rodrigues.

 

  1. [Pergunta pessoal de resposta facultativa:] Tripas ou Nortadas?

    O nome do blogue foi escolhido quando comia muito, pesava mais, fumava... Era um equilíbrio entre o que me sabia muito bem – comer, e o que me incomodava nas praias do norte no verão – as nortadas, que transformavam um dia de Agosto num dia de Outono.
    Agora faz sentido que seja uma luta contra a adversidade com força saída de dentro. Se for das tripas, melhor. É combustível ;)

Rescaldo da Maratona do Mont-Blanc

por Pedro Caprichoso, em 01.07.15

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Realizei um estágio de 3 dias na Suíça, em preparação para a Maratona do Mont-Blanc, com o patrocínio do meu porquinho mealheiro. O objectivo era ganhar, pelo que não deixei nada ao acaso. Eu e a minha comitiva ficámos instalados num luxuoso empreendimento turístico contíguo ao Lago Léman. Para quem conhece a zona, digamos que fica a cerca de 5km da Mansão do Michael Schumacher, no sentido Genebra – Lausanne. Composto por 1 homem e 3 mulheres, o meu staff integrava um Responsável de Logística, uma Enfermeira e duas Técnicas de Laboratório. O primeiro era responsável pelo transporte, alojamento e cobertura fotojornalística; a segunda providenciava-me curativos, apoio psiquiátrico e administrava-me um cocktail explosivo de substâncias dopantes; as duas últimas limitavam-se à preparação diária do referido cocktail. Relembro a constituição do cocktail: 2 comprimidos de Libidium Fast, 1 comprimido de Imodium Rapid, 5 Red Bulls, 1 pau de Cabinda e 2 folhinhas de hortelã.

 

1795808_589008124572678_1330840880522841714_o.jpg [Da esquerda para a direita: Técnica de Laboratório, Enfermeira, Euzinho, Técnica de Laboratório e Responsável de Logística]

 

Foram 3 dias muito intensos. No primeiro pratiquei escalada indoor – para simular as partes mais técnicas do percurso. Aproveitando o calor que se fazia sentir, o segundo foi dedicado a fazer sku num parque aquático – caso encontrasse neve nos pontos mais elevados do Mont-Blanc e tivesse de usar o rabinho para deslizar. Ao terceiro dia, na véspera da prova, visitei a fábrica da Toblerone e enfardei 10kg de chocolate suíço – para apresentar-me à partida com as baterias devidamente carregadas. A visita à fábrica foi de manhã; a tarde passei-a na casa-de-banho a aliviar a tripa. Dos 10kg, 7 saíram pelo orifício oposto a jacto!

 

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Quanto à prova, a minha estratégia – que passava por fazer marcação cerrada ao Kilian Jornet – ficou comprometida pelo facto do espanhol não ter participado na Maratona. O morcão fez (e ganhou) as últimas 3 edições, mas este ano lembrou-se de disputar apenas no km vertical. Ser vedeta é isto: é ser egoísta; é pensar apenas em si próprio; é ignorar as necessidades dos outros – sobretudo nas minhas. O Kilian era um ídolo para mim, mas hoje morreu. Atirei um paralelo à vitrine de uma loja da Salomão, risquei-lhe a roulotte com a minha medalha de finisher, rasguei os posters dele que tinha colados no meu guarda-fatos e estou a usar o livro "Correr ou Morrer" para limpar o rabinho.

 

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O Leonardo Diogo é o meu novo ídolo. O Kilian já era. O madeirense alcançou um estrondoso 8.º lugar nos 80km – e ainda teve energia para apoiar os Portugueses na Maratona. Encontrei-o em 2 abastecimentos. No segundo, fez-me inclusive o favor de me encher os bidons, correu alguns metros ao meu lado e tirou-nos uma selfie em andamento. Tinha dele uma ideia completamente diferente: pintava-o como uma pessoa sisuda, mas é incrível ver a forma como ele vibra com a competição. Parece uma criança numa loja de guloseimas. É um dos nossos grandes.

 

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Na meta tínhamos uma equipa de massagistas francesas à nossa espera – malucas por meter as mãos em presunto tuga. Quando chegou a minha vez, duas delas olharam para mim e esgatafunharam-se à porrada. A vencedora teve a honra (e o prazer) de me massajar as coxas. Começou por pedir que eu me deitasse de costas – e eu fiz-lhe a vontade. Uma vez de costas, ela aproximou-se e sussurrou-me ao ouvido que me iria fazer uma massagem ligeira. Se eu quisesse uma massagem “completa”, teria de fazê-la em Chamonix. Importa referir que a meta distava 5km do centro de Chamonix. Uma vez que recebo recorrentemente este tipo de convites, julguei que ela me estava a convidar para outro tipo de “massagem”. Em Portugal, um serviço “completo” é outra coisa. Vai daí disse-lhe: « Oui, je veux un massage complet. Pointez ton adresse dans mon dossard, puis je serais chez-toi. » Como vocês não falam Francês, eu traduzo: “Sim, eu quero uma massagem completa. Aponta a tua morada no meu dorsal, que eu depois vou ter a tua casa.” Mal eu sabia que em Chamonix havia efectivamente uma segunda zona de massagens, onde os atletas teriam acesso a uma massagem mais longa e reforçada. Só espero que ela não tenha ficado com uma má imagem de mim, em geral, e do homem português, em particular.

 

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Deixo o seguinte conselho aos atletas que pretendam fazer a Maratona do Mont-Blanc: não bebam das tetas da vaca que apoia os atletas no início da primeira grande subida. Eu falhei um abastecimento, estava a morrer de sede e mamei delas – e posso-vos garantir que delas não sai leite. Sai outra coisa. Este aviso é particularmente dirigido ao Bruno Coelho, já que ele tem o hábito de mamar directamente do pipo.

 

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Esta vaca está presente em todas as edições da Maratona do Mont-Blanc. Como diz o André Rodrigues, é o equivalente ao Diabo da Volta à França.

 

Sendo a Maratona do Mont-Blanc uma prova de elevado nível competitivo, ficaram (não uma mas) 6 mulheres à minha frente. Tal facto é muito positivo, pois permitiu-me correr ao lado de algumas das melhores atletas do mundo, entre as quais a campeoníssima Ellie Greenwood – duas vezes campeã do mundo de 100km e recordista da Western States 100. Correndo ao lado dela ao longo de vários quilómetros, foi muito gratificante assistir à forma como as meninas fazem o xixi durante as provas. Elas usam uma equipamento especial que lhes permite mictar de pé. Nunca tinha visto tal coisa.

 

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É bom saber que o trabalho do TopMáquina é reconhecido no estrangeiro, pois um fã veio ter comigo antes da partida para me pedir um autógrafo e uma foto. Ao contrário do que se possa pensar, o fã em causa não é Português. O tipo chama-se Machine de la Montagne – e corre com uma bandeira de Portugal por ser um fã incondicional do Carlos Sá.

 

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Muitos espantaram-se com o tamanho dos meus pés na foto abaixo publicada. Eu explico: os meus tomatinhos são de aço e desestabilizam o meu centro de gravidade, pelo que corro com sapatilhas 5 números acima do normal para me equilibrar melhor.

 

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Não cumpri o meu objectivo – que era ganhar – mas fui compensado ao vencer o sorteio que premiou os finishers da Maratona. O meu dorsal foi sorteado e a foto em baixo ilustra o meu espanto assim que me informaram do prémio: um Ferrari de 1.6 milhões de euros.

 

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