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TOP MÁQUINA

Eu faço Trail e sou uma Máquina. E isso é Top!

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Rescaldo LouzanTrail – Parte III: Veados, Mascotes, Batoteiros e Malabaristas

por Pedro Caprichoso, em 30.01.19

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[Créditos: Matias Novo - Fotografias]

 

O vencedor da última edição do MIUT deu de focinhos com um veado quando (ainda) liderava a prova—já que depois levou na boquinha dos portugueses—e gritou de susto como uma menina de 9 anos. Dizem as más línguas que também cagou-se todo, e que foi por isso que teve de trocar os calções pelas calças de lycra que trazia na mochila. O veado ainda se assustou mais, pois o letão é feio como um leitão—este trocadilho merece um nobel da literatura—e o bicho atirou-se ribanceira abaixo. O gajo parece um toxicodependente depois de levar com um bacalhau demolhado nas trombas, e o animal assustou-se. Como é evidente. Quando por lá passei, o bicho estava enrolado em silvas, debatendo-se para se libertar. O PAN que meta mão nisto. Sei que não é justo definirem-se critérios de admissão a nível estético, mas tenho a certeza que esta situação não aconteceria caso o animal se tivesse cruzado com o deslumbrante André Rodrigues (a.k.a. o Keanu Reeves de Arganil) ou uma daquelas atletas espanholas boazudas que vieram abrilhantar os Trilhos da Lousã. Uma vez que o veado era macho e estamos em época de acasalamento, acho que ele até ficaria contente por vê-las. Bem, acho que atingimos o ponto mais baixo deste blog... Depois de uma piada envolvendo bestialidade, acho melhor ficarmos por aqui.

 

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[Créditos: FotoJotaPê]

 
Para além do episódio de violência animal relatado atrás, o LouzanTrail ficou igualmente marcado por desenvergonhados momentos de batotice. Vejam bem se isto cabe na cabeça de alguém: atletas femininas que pedem para serem transportadas às cavalitas por atletas masculinos. É muito feio. Por um lado, há maneiras mais subtis de arranjar namorado. Por outro lado, se tinham medo de molhar os pés, mais valia terem ficado em casa a ver a repetição do programa da Cristina.
 
Quanto à minha prestação, não podia ter sido melhor. Venci o meu escalão com uma perna às costas e ainda tive tempo de transportar 5 gajas às cavalitas. Podia ter chegado à meia-dúzia, mas a sexta era muito gorda e abandonei-a à sua sorte. Fui o melhor no meu escalão e isso é o mais importante. Já vos disse que venci o meu escalão?
 
326.º Geral;
318.º Português;
259.º ATRP;
117.º Signo Balança;
27.º Atleta Sóbrio do EDV-Viana Trail;
1.º Escalão Bloggers que residem na localidade de Curral de Moinas; 
 
Falando um bocadinho menos a brincar, pois este é um assunto que assaz me aflige, tenho pena daqueles malabaristas que se contorcem todos para transformarem um mau num bom resultado. O resultado ficou abaixo das suas expectativas e inventam uma categoria especial feita à sua medida, com vista a fazerem peito e mostrarem que, bem vistas as coisas, até fizeram um grande resultado. Exemplos: (1) atletas SM que publicitam o seu resultado no escalão SM, como se não fosse a sua "obrigação" ficar à frente dos veteranos; (2) atletas de elite (e não só) que fazem uma prova com estrangeiros e depois publicam o seu lugar entre os portugueses, como se os estrangeiros tivessem poderes especiais contra os quais não conseguimos competir; (3) atletas que fazem provas do campeonato nacional e, não só filtram a sua classificação por escalão etário, como também aplicam um segundo filtro por associados da ATRP, como se os atletas não-associados da ATRP tivessem peçonha e não nos pudéssemos misturar com eles. 
 

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Por fim, para compensar o facto de ter desrespeitado a mascote da minha penúltima prova, levei a mascote do LouzanTrail a lanchar, comprei-lhe chocolates e fiz amor com ela no baloiço do Trevim. Daqui a 2 meses esperem novidades, pois esse período é o tempo de gestação de uma raposa. Vamos ter uma linda ninhada.

 

 

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[Créditos: Matias Novo - Fotografias]

Rescaldo LouzanTrail – Parte II: A Arte de Cortar a Linha de Meta

por Pedro Caprichoso, em 29.01.19

Há muitas formas de cortar uma meta: uns saltam por cima da fita estilo Zé Miller, outros dão cambalhotas estilo macaco Adriano, uns ajoelham-se com a bandeira de Portugal aos ombros, outros agarram e arrastam os filhos contra a sua vontade. O Ricardo Silva dá dez a zero a todos eles: o robocop agarra na meta com ambas as mãos, recolhe-a cuidadosamente e dá 2 beijinhos às meninas que a seguravam pela suas extremidades. É assim em todas as provas que vence—o que, pelas minhas contas, já vai em duzentos e setenta e cinco beijinhos. A única diferença é que, se forem homens, dá-lhes um bacalhau e pergunta-lhes "Onde estão as meninas que eu pedi?" Diz-se por aí à boca cheia que essa é, aliás, a única exigência que o atleta de Barcelos faz às organizações que o convidam. Uns exigem deslocações pagas, outros cachê, outros massagistas, outros serem entrevistados pelo Joca. O Ricardo só quer duas gajas a segurar a fita de meta. É pedir muito? Eu acho que não.

 

Ricardo Silva passeou classe na Lousã. Vamos às contas: quase 44k com 3200D+ em 4h30. Estamos a falar de um ritmo ligeiramente acima de 6min/k, o que implica fazer praticamente todas as subidas em ritmo de corrida. Bicho! Desconfio que ele só tenha caminhado na segunda metade da subida em corta-fogo ao Trevim e naqueles últimos 5 metros antes da meta, com vista a segurar na dita fita e amandar dois chochos às ditas meninas. Só é pena ele depois vir sempre armado em cagão para o facebook, vomitando banalidades, agradecendo aos mesmos de sempre e cagando mais hashtags do que um publicitário com diarreia. É uma pena. Devia ser mais humilde, este menino. Só lhe ficava bem. Depois queixa-se de que ninguém gosta dele. Seja como for, não se pode negar a classe. Ainda não tinha cortado a meta e já estava a pedir uma mini à Barbara Fernandes, que deixou a pizza do André a arrefecer na caixa para assistir à chegada do Ricardo. O que vale é que o André e o Ricardo ficaram super-amigos desde aquela vez em que cortaram a meta dos Abutres de mão dada. De outra forma, ia dar merda com toda a certeza. O Ricardo é que não teve a mesma sorte. Perguntem à Ana Miranda. Só sei que o rolo da massa entrou em acção.

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[Créditos: Bué de Fotos]

Rescaldo LouzanTrail – Parte I: O Percurso

por Pedro Caprichoso, em 29.01.19

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[Créditos: Matias Novo - Fotografias]

 

Sabem o que elas dizem de mim? Que sou curto e grosso. E é justamente nessa qualidade que venho aqui afirmar o seguinte: o LouzanTrail é a melhor prova de Trail que fiz até à data. Não posso opinar sobre os abastecimentos, pois carrego comigo a minha alimentação e é raro consumir a alimentação fornecida pela organizaçãoa não ser, é claro, que me apareça uma voluntária boazuda pela frente e estejamos a falar de fruta à moda do Porto. Também não tenho nada a apontar às marcações, dado que não me perdi uma única vez. A determinado momento tive efectivamente de abandonar o trilho devido ao encontro imediato com um veado, mas vamos deixar esse episódio para um próximo capítulo. Também não me posso queixar dos banhos: a água não estava muito quente, é certo, mas para compensar tomei banho com os irmãos Gouveia. Têm ambos pele de bebé. Reparei nisso enquanto lhes esfregava as costas. Como oportunidade de melhoria, quero apenas deixar registado que faz sentido haver balneários exclusivamente para crianças. Hoje em dia fala-se muito em pedofilia e as organizações deviam pensar nestas coisas. Também não dou grande importância ao kit de participante e aos prémios de finisher: vai tudo direitinho para os contentores da cruz vermelha. Resta-me, portanto, falar do que verdadeiramente interessa: o percurso.

 

E, meus amiguinhos!, quanto ao percurso, upa! upa!, não há outra forma de dizê-lo: o percurso dos 43k do LouzanTrail é, sem sombra de dúvida, o melhor percurso de Trail que fiz até à data. Sim, as nossas ilhas têm provas com melhor paisagem, nas quais um gajo vai a correr, desvia o olhar para o horizonte, queda-se boquiaberto, dá um biqueiro numa pedra e estatela-se ao comprido. Paisagem? Tudo bem, admito que há melhor. Agora, percurso? Desconheço. Nem em Portugal, nem no estrangeiro, nem em “casa do caralho mais velho”peço desculpa aos mais sensíveis, mas esta é uma bonita expressão da minha terra e eu gosto de perpectuar a cultura da minha terra. Se se sentirem ofendidos, peço imensa desculpa e solicito-vos humildemente para se deslocarem para a “casa do caralho mais velho”. Penso que já perceberam a lógica da coisa.

 

Estamos a falar de uma prova quase exclusivamente em single-track, aproveitando os trilhos existentes e não inventando só para fazer peito e ter mais umas centenas de metros de desnível positivo. Digo mais: para mim, se fosse possível substituir aquela última grande e interminável subida em corta-fogo por um single-track, seria "o" percurso perfeito. E atenção que eu não uso a palavra "perfeito" muitas vezes. Também gosto bastante do percurso dos Abutres, mas acho-o menos interessante do que o do LouzanTrail. Acho o do LouzanTrail mais coerente e homogéneo. Não sou muito dado a lirismos, mas o LouzanTrail entranha-se, mastiga-nos, cospe-nos... e ao mesmo tempo flui, embala-nos e deixa-nos brincar, pese embora tenha bem mais D+/Km do que os Abutres. Nota-se claramente que foi pensado como um todo, e não apenas como ligação entre os pontos x, y e z por onde se quer fazer passar a prova. Posto isto, afirmo-me oficialmente rendido ao LouzanTrail e tiro o meu chapéu ao Montanha Clube. Sois ainda mais fofinhos—como se tal coisa fosse possível—do que as gajas da ARSM.

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