A MODA DA MINI-SAIA
Com a crescente adesão do público feminino ao Trail, é inevitável que comecem a surgir as primeiras tendências nos trilhos portugueses. São poucas as meninas que resistem às viseiras da compressport(*), às meias de compressão cor-de-rosa, à cueca com o símbolo da ATRP ou à manta de compressão com a cara estampada do Diogo Fernandes.
No entanto, nenhuma moda tem hoje mais adeptas do que a mini-saia. Vêem-se hoje mais mini-saias nos trilhos portugueses do que numa discoteca frequentada por jogadores de futebol. Até eu já pensei aderir à mini-saia. Nas Ultras costumo ficar assado nas partes baixas – e a mini-saia é uma excelente solução para manter a fruta arejada. Admito que um homem andar de mini-saia é um bocadinho abichanado. Por isso, em vez de mini-saia, vou passar a correr de kilt:
Há esta ideia generalizada de que a Salomon foi a precursora da mini-saia no Trail, já que este adereço foi pela primeira vez avistado no corpo das atletas da marca francesa. É mentira. Repito: é mentira. A verdade é que a moda começou com a Cármen Pires.
Como todos sabemos, a Cármen foi jogadora profissional de Ténis antes de se iniciar nas lides do Trail. Um belo dia, a Cármen enganou-se e meteu todo o seu equipamento de corrida na máquina de lavar. No dia seguinte, quando se viu sem equipamento e com um treino agendado na Serra de Sintra, a Cármen 'não foi de modas' e tirou o equipamento de ténis do armário.
Acontece que o fundador da Salomon (Pierre Salomon) estava de visita a Portugal e cruzou-se com a Cármen na Serra de Sintra. O tipo roubou-lhe a ideia e agora temos gente como a Ester Alves, a Ana Rocha, a Tu Xa, a Anna Frost e a Emilie Forsberg a exibir o presunto por esse mundo fora. É um escândalo!
Se fosse a Cármen, metia a Salomon em tribunal e exigia uma indeminização choruda.
(*) isto não é uma indirecta ao Pedro Rodrigues.