Antevisão do HTMP – Uma prova dos Diabos!
Amanhã vou participar no Hard Trail Monte da Padela [HTMP] e confesso que não me estou a sentir muito bem. Estou com um mau pressentimento. A maleita não é física. A maleita não é mental. A maleita é espiritual.
Telefonei para o 760 10 30 10, expus a minha situação e a Bruxa da SIC disse-me que tenho a alma possuída pelo Demónio. Disse-lhe que amanhã iria fazer uma prova de 66km – e a Bruxa não precisou de ouvir mais nada:
«O meu amigo vai participar num evento demoníaco! De uma prova de 66km realizada no sexto (6.º) mês do ano resulta o número da besta: 666. Muito cuidado!» – avisou a Bruxa.
A puta da Bruxa fodeu-me bem! Quer dizer, esmifrou-me 0.60€ + IVA para quê? Para me dizer que o HTMP é uma prova 'dos diabos'? Não preciso que me digam que o HTMP é uma 'prova dos diabos'. Isso já eu sabia. Basta ver o perfil da prova, que mais parece o electrocardiograma de uma teenager ‘com o pito aos satos’ num concerto do Mikael Carreira:
O povo diz que o “diabo está nos detalhes”. No HTMP, o diabo está nos detalhes... e nas subidas. Na parte inicial, teremos o coisa-ruim a sussurrar-nos ao ouvido no Uphill – uma subida cronometrada, quase em linha recta, com cerca de 1km de extensão e inclinações que podem chegar aos 45%. Na parte final, teremos novamente o Mafarrico – incentivando-nos a desistir – na subida da Pedra da Morte:
Seja com for, vou seguir a receita da Bruxa da SIC. Segundo ela, para exorcizar o Demónio terei de cortar o pescoço de uma galinha, às 6h06m06s da manhã, na linha de partida do HTMP, misturar o sangue da galinha no isotónico e bebê-lo durante a prova. Mal não fará.
Se o remédio passar por beber sangue de galinha, que seja. Tudo para não acabar assim: